quarta-feira, 11 de março de 2015

Last but not least ou "Você não pode perder essas dicas!".

Desde que comprei meu Lev ando lendo MUITO. PAUSA.
Ainda não tinha comentado com esse pequeno público que me contempla com 0 comentários, sobre a minha melhor compra dos últimos tempos: um leitor digital de livros! E de revistas e documentos importantérrimos (que quando for uma executiva de uma multinacional eu lerei) que você pode passar para o leitor como um pen drive. É muita tecnologia para uma leiga como yo! Estou apaixonada.
Só quem lê no Metrô todos os dias sabe do que tô falando: é um tal de se equilibra pra cá, prende a bolsa na frente (com medo das bandidinhas do vagão das mulheres, juro!), se dependura naquele aço frio que mais parece um pole dance. Isso tudo MAIS a tentativa frustrada de passar as páginas e segurar além da sua bolsa, sua marmitinha linda e mais algum guarda chuva pingante em um dia frio (saudades!) do Rio.

[Pois bem, adiante.]

Queria dividir os dois melhores livros dos últimos tempos! Assim, eu ando lendo muito mas antes desses dois estou meio relapsa dos outros que li mas tenho quase certeza que foi algo do Convergente/Insurgente. Sempre esqueço a bosta da ordem desses livros, tudo nome igual, pqp. Vamos ser mais criativos next time ok?
Ah, lembrei. Foi um livro muito pentelho chamado “Se eu ficar”. Livro dramático até o fim mas que eu achei bem bobinho e mesmo tendo um final que você não sabe o que acontece, caro leitor, não me deu nenhuma vontade de devorar a continuação. Mas aposto tudo que se eu visse o filme, iria chorar horrores. Vai entender essa manteiga derretida aqui. Ai ai.

[Pois então, sigamos (siguemos? Socorro, Pasquale!) em frente.]

Livro Number 1 dos últimos tempos: Barba Ensopada de Sangue, Daniel Galera (não aceitarei piadas infames com o nome do autor, please)
Esse não é o tipo de livro que costumo ler até porque quando consultei minha pequena comunidade do facebook eu queria mesmo fugir do suspense/assassinato/sequestro que perturbam muito a minha mente quando vou dormir.
Breve sinopse: Um professor de educação física busca refúgio em Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina, após a morte do pai. O protagonista (cujo nome não conhecemos) se afasta da relação conturbada com os outros membros da família e mergulha em um isolamento geográfico e psicológico. Ao mesmo tempo, ele empreende a busca pela verdade no caso da morte do avô, o misterioso Gaudério, que teria sido assassinado décadas antes na mesma Garopaba, na época apenas uma vila de pescadores.
Falando assim, pode parecer estranho e até um pouco misterioso mas o livro não tem esse viés. A história nos conta muito sobre as perdas ao longo da vida e como o ser humano é capaz de lidar com as transformações ao longo do tempo...entendi que o autor também constrói o personagem principal como um ser solitário (e que realmente é só, em Garopaba com a sua cadelinha fofa toda vida, a Beta) em diversos momentos da história mas que na verdade, nos vemos muito nele quando passamos por períodos sabáticos em nossa própria vida, após algo muito ruim acontecer conosco: a perda de um ente querido, um término conturbado ou no caso, o sumiço de um parente ou a vontade imenente de se afastar de tudo e todos e construir um mundo só nosso.
Eu me emocionei muito e chorei o último capitulo do livro todo.
Palmas para esse autor brasileiro que fez essa raridade! Super indico e já quero ler outros livros dele.



Livro 2 ou “Aquele livro que eu sabia que ia amar antes de ver até mesmo a capa”: O Segredo do Meu Marido, Liane Moriarty




Gente, quando tem escrito na capa: Best Seller número 1 do NY Times eu não sei se comemoro ou se fico triste. Eu ainda não me achei como leitora nesse mundão: não sei se quero ser julgada por estar lendo o que todo mundo lê mas, ao mesmo tempo, como ficar de fora de uma história tão vendida e aplaudida mundo a fora?  Tô confusa, help urgente!
Quer me fazer feliz? Joga todo um conceito de “Desesperate Housewifes” como pano de fundo, uma carta misteriosa e um segredo que poderá destruir muitas famílias ao mesmo tempo. Essa é a história de Liane Moriarty e que me pegou rapidinho. Li em menos de um mês, também com o balanço maravilhoso da Linha 1 do metrô (ô, glória!).
Achei a história bem convincente mas admito que na metade do livro já sabia o que ia acontecer e já tinha descoberto o segredo do marido (dur!)...mas o legal nessas histórias são os personagens entrelaçados e como uma ação que você faz em seu passado desencadeia uma série de atos que você não tem como controlar, aqui no presente.
E claro, é assustador perceber que todo mundo ao seu redor tem um passado e que não conhecemos as pessoas a fundo nem que se a gente quisesse muito.
“That’s a secret that I’ll never tell you”. Algo meio Gossip Girl sabe? (sds Blair!).

Bom, que texto logo. Mas como ninguém vai ler essas dicas mesmo já que não sou nenhum Bonequinho do Globo para me consultarem no fim de semana, me despeço.

A última dica é: parem de comprar livros e comprem um leitor digital! As árvores agradecem e você dorme com a consciência tranquila que está fazendo sua parte por um mundo melhor (aham).

=*


AHHHH! Eu baixo todos os livros nesse site aqui: http://lelivros.link/book
Você baixa o livro em ePUB e depois passa para o leitor como um pen drive. Molezin de quarta-feira hein?! Nem sai amanhã para ficar lendo a vasta coleção que eles possuem (aham).

segunda-feira, 2 de março de 2015

O amor nos tempos de zapzap.

- Oi, bom dia!
- Oiiii bom dia meu amor. Não me ama mais?
- Oi?
- É, mandou um "oi" só com um "i". Eu mandei com váááários, viu? Eu te amo! você deixou de me amar!
- (....)

O amor nos tempos de whatsapp, msn, instagram e facebook. O amor no seu modo mais carente de ser.
Você pode achar que isso é uma maluquisse de alguma maluca descompensada na sua loucura de tpm mas não. Essa já fui eu há alguns anos atrás.
Há alguns anos que eu era mais carente e insegura com meus namorados. Ainda sou, but who cares?

O amor nos tempos de hoje não é fácil, gente. Tem um leque de opções para nos sentirmos pra baixo e inseguras com o ser amado.

É aquela blogueira sarada que exibe seu (joga!) bumbum pro alto todo empinado sem nenhum celulite, aquela vaca, porque eu não assim?
É aquela amiga que curtiu a foto dele no insta e você pergunta quem é e o ser na maior parsimonia, responde: Ah, é aquela Carol que morava no meu prédio. Lembra que te falei dela? Não, não lembro. E eu haveria de lembrar, seu puto, porque eu lembro até a cor do esmalte que eu usava quando a gente se conheceu e a cueca que você tirou quando transamos pela primeira vez.
Tem aquela amiga super carinhosa que marca seu gatinho em mil fotos de zilhões de anos atrás e escreve com a carinha mais meiga e abusada: saudades dessa época, turma! Turma? Só tem ele e ela na foto, vai entender.
Ou então é aquela peguete que você finge que não vê (mas temos olhos nas costas, fica a dica!), mas ressurge das trevas por inbox do facebook desejando parabéns e muitas felicidades e carinha feliz. Sim, carinha sorrindo. Pelo menos não foi carinha de beijinho porque aí seria o fim, né. Pois bem.
Ainda bem que tem gente que me entende.


O que me incomoda (e com certeza, eu cobro, shame on me) é essa urgência e essa prova de amor a toda hora.
Antigamente não tinha esse disse-me-disse. Não tinha uma cobrança de postagens e declarações. De delets e de add.
Não tinha como contabilizar o amor na quantidade dos pontos de exclamação ou da foto do facebook.


Eu sei, vocês vão falar "tá louca essa menina, eu não sou assim!". Eu sei! Eu mesma me acho louca e eu mesma já melhorei muito. Haja rehab e respirações fundas hehehe #abafa
Mas atire a primeira pedra quem nuuuunca ficou incomodada por um simples "saudades, primo!" nas redes sociais. Sim, PRIMO. Mas se eu fosse prima do Cauã Raymond eu também me derreteria por ele de saudades então vai que, né. 


Sinto pena da nossa geração. Sinto raiva do Stevie Jobs que inventou o Iphone. Sinto raiva do Marckzinho que nos tornou viciados no Facebook e mais recentemente, obcecados pelo Instagram.

Sinto mais raiva na verdade de mim mesma por ser tão escrava de padrões da sociedade, das primeiras impressões, das declarações instantâneas, das fotos que nunca desbotam (saudades da Polaroid que nunca tive). Raiva. Raiva. Raiva.

Sinto também vergonha. Vergonha das cobranças, dessa personalidade urgencial, da carência que só uma escorpiana dramática pode ter. Sinto muito, baby.

Quando tudo que eu mais queria sentir não era uma mensagem de bom dia virtual mas sim aquela mãozinha em cima da minha, melada de manteiga, dentro do escurinho do cinema. Fazendo algum comentário babaquinha sobre o peso da mulher a nossa frente. Seria tão idiota mas tão feliz.
E ninguém estaria vendo ou fazendo poses. Nem usando filtro.

Só seria amor real. Longe das telas. 


> Obrigada meu amor por sempre me fazer sentir isso. E por ter sempre guardanapo também para essas mãozinhas de manteiga pós Combo Mega.